Um dia desse ele estava correndo pela casa
Assombrando a irmã com ares de atacante
Um dia desse salvávamos o mundo
Dos destruidores contumazes e sanguinolentos
Um dia desse pensei que ele fosse imune
A arranhões
Escorregões
E machucados
Pensei que ele era feito de aço
Com minha mente de vidro...
Precisava
O tempo mostrou os ossos e a carne
A cuca pesada e a leveza necessária
Mas dia desse não duvidarei que salvará o mundo
Quando dois pequenos olhos luminosos clamarem:
_ Pai, vovó tá alagando a casa toda. O cano estourou. Vem consertar, pai.
Quem é capaz de duvidar de uma criança, não acredita em mais nada
Eu acredito.
Magna Santos
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6 comentários:
Um bom fim de semana pra vc Magna. O Sementeiras tá inundado de boa poesia e belos contos/crônicas. E eu vou lendo, apreciando e adorando.
Obrigada, Tadeu. Saudade de você aqui, meu amigo.
Um final de semana de muita luz e paz pra você e todos os seus.
Abraço.
Magna
Quanto de vida tua há nesses versos, hein, Magna? Vivências tão tuas que num repente viram versos de recordar.
Beijo,
I.
É verdade, querida. Tem muito de mim aqui. Obrigada por prestar atenção.
Beijo, pescadora.
Magna
... quando dois pequenos olhos luminosos clamarem... há uma poeta aqui semeando por todos os lugares. Eu me faço nas tuas palavras e ouso dizer: eu sinto o cheiro do teu jardim Magna, da tua poesia forte, sertaneja , mas que na beira-mar doura a pele e a alma. É uma poesia brava, como o vermelho mais aceso do coração mais terno. É uma poesia lâmina que afiada cerca as palavras e não as deixa cegar a luz, pelo contrário é lâmina d´água, é lâmina que o lazer se apresenta. É uma poesia feminina de uma guerreira que se agiganta e sempre em frente vai conduzindo a partitura estonteante dos versos, dos textos, das crônicas. Benção. Sim. Benção.
Abração.
Domingos Sávio
Domingos, preferi te responder por email este comentário. Espero que tenhas recebido.
Muitíssimo obrigada de coração.
Abração.
Magna
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