domingo, 3 de julho de 2011

A POESIA E OS CINCO ANÕES

Trouxe os cinco anões: Zangado, Soneca, Atchim, Dengoso e Mestre. Ainda bem que trouxe o Mestre, não saberia o que fazer sem ele. Estão todos aqui na minha cabeceira, nesta ordem e estáticos à espera de que lhes fale da Branca de Neve. Mas ela está lá na sala, olhos vidrados, fotografando e filmando, sem ligar se estou aqui com sono, sozinha, escrevendo estas poucas linhas, antes de chamá-la novamente para brincar.

Minhas letras parecem poesia? Não são. Neste exato instante, a poesia está na minha sala, em pessoa. Daqui a pouco brincarei com ela de adedonha, dominó e o que mais quiser. Amanhã a poesia viaja e me deixará por inescapáveis 15 dias. Terei de rebolar para vê-la outra vez. Diz que me liga da estrada, me dirá que está com saudades, informará que me ama com uma emoção de choro entalado na garganta, porém, como nada ela deixa preso, logo soltará uma lágrima, assim como um grito de alegria:

_ Tia, foi massa, tia! Muito legal, mãe! - (é, a poesia anda a me chamar de mãe)

E aí eu a ouvirei contar como foi o dia, o passeio nas dunas, o mergulho na piscina ou no mar.

Mas agora, a poesia acaba de entrar no meu quarto, chega com olhos curiosos, ouve o que tenho a dizer e gosta, porque sorri. E concluo, num segundo, que ela...ela sempre estará aqui.


Magna Santos

8 comentários:

Dois Rios disse...

Magna mãe, tia e poeta.
Magna das letras, dos sonhos
e dos afetos.
Magna das brincadeiras
de poetizar.
Magna dos versos
de amar.

Beijos, minha querida!

I.

Canto da Boca disse...

Magna, fiquei transitando entre a ficção e a realidade, enquanto eu te lia; ora tinha certeza que fazia parte de uma fábula; ora era sacudida pela vida cá de fora, especialmente quando falaste de "brincar de adedonha", fiz muito isso, com minha caçula, quando estava fora do país, a intenção era não abrir mão dos nossos laços, e conseguimos! Que é exatamente o que senti aqui, o fortalecimento dos laços!

Obrigada pela ida ao Canto, que prazer imenso te ter lá, senti-me honrada!
Eu me alegro em saber que temos amigos em comum, nessa blogosfera.

Um beijo grande!

;)

Magna Santos disse...

Inês, muito muito obrigada, pescadora. Você sempre com a delicadeza banhada na poesia. Vou em Dois Rios daqui a pouco, esta semana foi meio corrida.

Boca, você nem imagina a alegria que me dá ler tuas palavras aqui. É mais que honra, é alegria das boas mesmo.
Pois é, a adedonha vai atravessando as gerações. Esta pequena aí é bem real e semeadora de alegria e luz onde passa. Ainda está viajando e eu morrendo de saudades. Quando ligo, ela canta pra mim aquela de Cazuza: "amor da minha vida, daqui até a eternidade..."("Exagerado") ou então, capricha no Roberto Carlos: "eu tenho tanto pra te falar, mas com palavras não sei dizer..."
Eu quero mais o que nesta vida? Ai ai...

Beijão bem grandão nas duas.
Magna

Canto da Boca disse...

Hahaha! Adorei, Magna, as adedonhas acrescentarão esse item, fantástica intervenção a sua!
Sim, é mais que honra, é uma alegria danada, afinal falaste de laços, e o blogue também cria essa possibilidade. E ainda cantarolei Roberto, baixinho, além da que citaste, esta: "Fecho os olhos pra não ver passar o tempo..."

(Ando cheia de saudades da prole!!)

Beijão, Magna, ótimo final de semana!

tesco disse...

Do Dunga eu não sei, Magna, mas o Feliz estava aí também. Você não notou?
_Beijos de neve.

Magna Santos disse...

Roberto, você tem toda razão, estava sim. O Dunga tentou escondê-lo, mas não teve jeito, foi fácil demais achar o Feliz.
Beijão.
Magna

Josias de Paula Jr disse...

Estou com o Roberto: com certeza o Feliz estava dando as cartas por aí.

Magna Santos disse...

Pois eu acho que só quem entende o Feliz é capaz de identificá-lo.
Beijo, Geó.
Magna