terça-feira, 6 de setembro de 2011

SOU

Nestas frestas de telhado
Nestes buracos de rotas
Secas
Mal traçadas
Igual a um pergaminho
Puído
Pelo tempo


Não
Eu não sou nada
Exatamente
Naquilo que acredito
Eu não sou nada
Sou aquilo
Esse outro que me assombra
A cada madrugada.


Magna Santos

8 comentários:

Hérlon Fernandes disse...

E esse outro que nos assombra nas madrugadas parece que é nossa mais verdadeira identidade.
Curto e profundo.
Com tão pouco você nos oferece um oceano de poesia.
Abraços iluminados, cara Magna - maga da poesia!

Magna Santos disse...

As madrugadas também tem acalantos, como este que ostentas com tuas palavras.
Obrigada, amigo.
Abraço.
Magna

Canto da Boca disse...

Tu és essa que na calada da madrugada, pelas frestas do telhado, resplandece a cada novo dia, poesia!

Beijinhos, Magna, e que belíssimo texto!

Ilaine disse...

Magna! És este outro - esta poetisa. És tudo em palavras lindas - e estes versos que - tão bem traçados - que me impressionaram. Amei!

Beijo

Magna Santos disse...

Boca, já te respondi por email, mas aqui fica registrada a minha gratidão pela tuas palavras.

Ilaine, e o que posso te dizer? Seja bem-vinda e muito obrigada!

Beijos.
Magna

Poeta Carlos Maia disse...

Querida Magna,

Meus Parabéns atrazadíssimos pelos 3 anos do teu blog, achei belíssima a homenagem que o Tadeu lhe prestou. Posso tomar a liberdade e publicar aquela poesia no meu blog também? Achei belíssima.

E estou passando pra lhe comunicar que o recital dos "Poetas aniversariantes do mês" começa este mês a funcionar, dia 24, último sábado do mês, às 16 h, estamos combinando de nos reunirmos no portão principal e depois escolhermos um local mais bucólico em meio aos pássaros e flores. Conto com a sua presença!

Beijos!

Magna Santos disse...

Carlos, você foi o primeiro a me dar os parabéns, lembra? Pontualíssimo! Obrigada. E, claro, você pode publicar sim.
Olha, já te respondi no blog, infelizmente não poderei ir, mas já estou na torcida para o sucesso. É uma iniciativa excelente e só poderia sair da cabeça de um poeta, como você. Já sei, por boas línguas, que você arrasa na declamação.
Tudo de bom!
Beijo.
Magna

Luna Freire disse...

Eita Magna, é isso mesmo: o assombro é o que o espelho não reflete. É o que há de bom em ser atriz: poder experimentar as várias máscaras... sem nunca desassombrar-se.