quinta-feira, 6 de novembro de 2008

UM MÉDICO

Um médico precisa levantar
Cedo para acordar o dia

Precisa sorrir, mesmo cansado.
Precisa brincar, mesmo exausto.
Precisa sonhar, mesmo acordado.

Um médico
Só um
Para salvar vidas
Sem ataduras
Sem anestesia
Sem honrarias

Qual remédio?
O da alma
Qual lenitivo?
O sorriso
Qual escola?
A de Deus
Qual especialidade?
A humana
Qual disciplina?
Saber, acreditar e agir

Com amor
Com bondade
Com certeza
Mesmo na dúvida

A bola de gude
Salta a correr pela rua
Do menino
Que há pouco sufocava

Quantos médicos para salvar nossas vidas
Para acordar a esperança
Para esquecerem de si mesmos
Para ficar na lembrança

Quantos obrigados lhes faltam?
Quantas recompensas esquecidas?
Quantas lágrimas escondidas
No quarto da solidão
Quantos soluços derradeiros
Amparam com suas mãos?

Benditas mãos
Preciosas!


Que possam ser cada vez mais guiadas pela humildade e pelo Amor Maior!

Um comentário:

Marina disse...

Só dircordo da humildade, peça rara. Ainda assim, conheço médicos humildes.

Obrigada pela carta, Magna. Isso pega mesmo! Hhauahuahua!

Abraço!