Na última vez que te vi
Tinhas os olhos manchados
Havia névoa
Que inundava tua visão
Nela se confundindo
Como uma vidraça
Suja na manhã
Tanta dor em teu olhar...
Ceguei
Hoje não te vejo mais
Muito menos te sinto
Perguntam-me ainda por ti
Poucos que insistem em lembrar-te
Quando estão comigo
Respondo:
Não sei
O tempo passa, amigo
E apaga muitas marcas
O tempo passa, irmão
E nos permite novas estradas
As pegadas do caminho
Dão-me certeza:
Caminhei
Os rastros dos meus pés
Me convidam a novos andares
Teimo em ver o horizonte
Com olhos bons
Sem névoa
Sem manchas
Sem dores
...
Só paz.
Magna Santos
domingo, 19 de julho de 2009
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3 comentários:
Lindo!
Há coisas na vida que nunca imaginamos que se constituirão num passado esquecido... O tempo nos mostra que isso é possível, que o curso natural da vida nos convida a novos olhares pelo mundo...
Ah, o Tempo... Ele é o senhor de tudo.
Adoro seus poemas introspectivos, amiga.
O tempo passa e, como um vento, vai secando lágrimas, vai levando dissabores, vem trazendo coisas novas. Amores vem e vão, o tempo se encarrega de transportá-los. _Beijos.
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