domingo, 1 de maio de 2011

BRISA

Hoje senti uma paz inominável
De que não quero viver em ti
Sim
Não quero
Pasmem todos os corações
Praguejem todas as amigas
Não quero mais
E não sei explicar o que aconteceu
Talvez o silêncio que me fala
Talvez a dúvida que me dá certeza
De que não és mais

Teu tempo passou em mim

Uma paz...
Como a sementeira que só despeja a semente
Para dias futuros nascer
Como a gota humilde que cai da chuva
Em noite de inverno
Como a mãe que se despede da cria
Sabendo-se apenas mãe
Não amor eterno

Fui
Passou
Meio que deixando rastro
Pegadas ainda fortes
Pistas de algo ainda fresco
Ainda perto

Passou


Magna Santos

2 comentários:

Tadeu Rocha disse...

Magna, belo poema de "desabraço". A dúvida muitas vezes é fuga de uma certeza que nos amedronta. Mas neste poema todos os medos são enfrentados. E a paz surge como uma doce brisa. Ponto final.

Magna Santos disse...

De fato, Tadeu, ponto final. O qual vem depois de algumas interrogações. Inevitável a paz, graças a Deus.
Obrigada, amigo.
Abração!
Magna