Hoje senti uma paz inominável
De que não quero viver em ti
Sim
Não quero
Pasmem todos os corações
Praguejem todas as amigas
Não quero mais
E não sei explicar o que aconteceu
Talvez o silêncio que me fala
Talvez a dúvida que me dá certeza
De que não és mais
Teu tempo passou em mim
Uma paz...
Como a sementeira que só despeja a semente
Para dias futuros nascer
Como a gota humilde que cai da chuva
Em noite de inverno
Como a mãe que se despede da cria
Sabendo-se apenas mãe
Não amor eterno
Fui
Passou
Meio que deixando rastro
Pegadas ainda fortes
Pistas de algo ainda fresco
Ainda perto
Passou
Magna Santos
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2 comentários:
Magna, belo poema de "desabraço". A dúvida muitas vezes é fuga de uma certeza que nos amedronta. Mas neste poema todos os medos são enfrentados. E a paz surge como uma doce brisa. Ponto final.
De fato, Tadeu, ponto final. O qual vem depois de algumas interrogações. Inevitável a paz, graças a Deus.
Obrigada, amigo.
Abração!
Magna
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