Tomou emprestado da vizinhança, as estrelas
Amparando o largo céu...
Ela sabia
Antes de qualquer um
Sabia antes mesmo de saber que sabia
Só não sabia onde estava o filho
Que se foi furar pés em espinhos
Terra
Lembrou de todas as dores
Porque elas nunca se foram
Latejam permanentemente nos rostos
Dos novos e velhos do seu povo
Brancos que dividiram terras
Exterminaram caças
Desertaram corações
Queimaram em nome de Deus
Comercializaram céus e chãos...
Venderam esperanças
Compraram solidões
Restou cercas e aperto no peito
Leito
E muitas
Muitas pontes por construir.
Magna Santos
terça-feira, 20 de setembro de 2011
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10 comentários:
LINDO, LINDO, LINDO!!!!!!!
Que beleza de poema, Magna!!!!!
PARABÉNS!!!!
Abraços!!!!!
Eita, Carlos, vindo de você, é um grande presente. Obrigada.
Abração.
Magna
Poema cheio de metáforas e referências, Magna.
Importante refletirmos sobre a sociedade que construímos que alija nossos irmãos daquilo que é seu, que é nosso, por pertença ancestral!
Belo e profundo, como tudo que escreves.
Um beijão, e respondi o email, risos.
P.S.
Menina, qualquer dia eu vou fazer a biografia do Incerteza, as sombras que me acompanhavam (literalmente), pelas callles e ramblas ...
E das pontes porvir está é a minha preferida.
domingos
"Sociedade que construímos", isto mesmo, Boca. Nossa inteira responsabilidade.
Vi teu email. Estou inconformada.
Obs.:fico no aguardo da biografia do Incerteza.
Beijão!
Domingos, meu amigo, nesta cidade cheia de pontes, não nos falta mesmo inspiração e esperança. Abraço!
Obrigada, amigos!
Magna
Versos reais, fortes, pulsantes e belos, Magna! Você anda se superando, menina!
Beijos meus,
I.
Obrigada pela generosidade, Inês.
Beijão.
Magna
Da terra fui gerada
Pari,
Parti,
Piçarra.
Da terra que me expulsou,
Queimada,
Ambição,
Dor.
A ponte da minha terra,
Já não traz,
Só leva.
Dimas Lins
E este? Vais publicar ou não?
Maravilha, Dimas!
Deixa a poesia sair.
Magna
Terra e história. Brancos e de outras cores. Dores e solidões que ela vê em seu povo. Raças... e a não aceitação do outro.
Belo como sempre, Magna!
Beijo
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