Sim, ele estava nu ao amanhecer
Rasgou-se das sedas que vestia seu corpo
E quase como louco
Estava a vagar.
Onde estava a lua que refletia o dia na escuridão?
Onde estava a estrela que pairava no ar?
Onde estava?
Neste momento ele olhou para si
E surpreso percebeu...
Seus pés tinham raízes
Seus braços eram de sol
...
Então ele chorou
E sorriu.
Magna Santos
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
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4 comentários:
Salvador Dali faria uma bela tela do seu poema, em seus motivos surrealistas; talvez não tivesse a mesma alma.
Abraços.
Magna,
Hérlon tem razão, quanto a Dali.
Daqui, fico pensando que talvez o personagem não seja tão surreal assim. Talvez, quando a busca termina a sensação seja essa mesmo, de sorrir e chorar ao mesmo tempo.
Dimas Lins
Que belo poema eu encontro na minha volta à blogosfera! É mesmo pra chorar - e sorrir. Parabéns, Magna.
Esse me sinto incapaz de comentar. Hérlon falou em surrealismo. Talvez tenha razão. Talvez. Só sei que, além da beleza contida, ele encerra um mistério difícil de penetrar.
Guarda esse para a antologia!
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