O nunca terminou num suspiro. Desfez as malas já em novo território. Aqueceu as arestas para sorrir melhor. Não esgotou as fontes do inverno, pois é sempre bom tê-las em dia para renovar o aquecimento. Também descolou três cestas para sorti-las de coisas. Uma para o dia, outra para a noite, outra maior ainda para a madrugada. Amanheceria límpida, igual ao lago que molha as crianças. Venderia sorrisos a preços banais: um por duas piscadas, três por quatro abraços. Não sobraria um, pois seu coração estava generoso. Bolsos cheios, voltaria com mais e mais e mais...até nutrir a humanidade inteira.
E assim foi.
Até acordar com um beijo de criança e perceber que poderia ser ainda melhor.
Magna Santos
7 comentários:
Vim aqui receber esta sensação de paz do seu texto.
Estou mesmo em tempo de vacas magras para a escrita. Estou mais leitor ultimamente.
Gosto de provar sempre da vida de suas sementes.
É muito bom ler palavras que nos mostrem quando a vida supera o sonho... E no cotidiano tão simples!
iiiuuuppppiiiii!!!!
obrigada por essa beleza!!!!
Delícia de renascimento!!!
Ah, gente, eu acabo de levar outro beijo de criança de cada um de vocês.
Sinceramente, é uma delícia ter esse retorno. Nossa, como é!
Muitos beijos!
Magna
Magna,
Chego tarde, mas chego. Que contra-ponto ao tema anterior. De um extremo ao outro, num piscar de olhos.
Pago também meu preço pelo texto: um contentamento quase infantil.
Dimas
O importante é chegar, Dimas.
Pois é, num "piscar de olhos" se fecha e se abre mesmo os olhos. Obrigada.
Abração.
Magna
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