segunda-feira, 23 de maio de 2011

PERCURSO

Estudo a sonoridade primordial
Aquela que identifica sussurros, choros, sorrisos...
Um Eu inteiro
Inteiro?

Estudo a melancolia das ruas
Contida em quatro paredes
E um coração

Estudo o encanto
Que se instala sorrateiro
Quando se compreende
Se enxerga
O até então ofuscado
Pelas pupilas dilatadas do medo

Estudo
Enquanto não posso mudar o destino...
Ao menos assim
Terei passado o tempo
Que ainda não chegou
Futuro prometido
Pelo suor
Pela insônia
Pela insistência
Pela vida


Magna Santos

7 comentários:

Arsenio disse...

Magna, o ritmo dá vida aos versos; essencial num poema.
E que poema...
Trem-bala, com um grande arremate nos versos finais.

Ps - Com uma sinusite - virose - resfriado daqueles, viajando, essas duas semanas passei ausente desse mundo inusitado que é o seu blog, o fusca, o caótico, o estuário, o blog do roberto...

Magna Santos disse...

Obrigada, meu irmãozinho Arsênio. Em Percurso, o título lhe confere o motivo primeiro mesmo do que tentei passar. Coisas que não poderia explicitar aqui em uma crônica,por exemplo, mas na poesia me sinto autorizada, salva, na verdade.
Você estava fazendo falta, amigo. Que bom que voltou. Esta gripe está derrubando até elefante.
Abração.
Magna
Obs.:olha, caso ainda não tenha visto Sama, deixei com ele algo para você.

Arsenio disse...

De antemão, já lhe agradeço, minha amiga. Do fundo do coração. Mas ainda não encontrei o nosso fugidio poeta...

Parece-me que viajou com sua Srª...
Assim que ele voltar, vou ao encontro dele.
Obrigado mil vezes.
um bjão do amigo Arsenio

Magna Santos disse...

Vá ao encontro dele mesmo, meu irmão, pois nosso poeta, além de fugidio, é um pouco distraído e esquecido. Uma figura! Disse-me 2 vezes que iria se encontrar contigo, porém,pelo visto, não foi possível. Nessa altura, ele pode esquecer de levar.
Beijão.
Magna

Arsenio disse...

kkkkkk, e põe distraído nisso, minha amiga.

Uma vez ele saiu do centro da cidade rumo ao Cabo de Stº Agostinho para ver um jogo do Santa Cruz.

Só que no meio do caminho tinha uma pedra; o jogo era no Arruda!
kkkkkk

Um bjo grande pra vc

Tadeu Rocha disse...

Magna, parabéns pelo poema. O poema como um todo é belo, mas confesso que gostei principalmente da terceira estrofe. Que Deus continue te inspirando.

Magna Santos disse...

Tadeu, bom você aqui. Sempre me faz pensar sobre o que escrevo. É bom ter este retorno.
Abração.
Magna