Hoje encontrei Pessoa
Numa sala contígua à da esperança
Numa sala contígua à da esperança
Não esperava sua presença
Sua ausência nem me era sentida
Muito menos doída
Tenho sonhos que não vejo
Donde só entra o que sinto
Pressinto
Ou antevejo
Quem é esse de olhos doídos
De sorriso deserto
De peito estreito
E suave descanso?
Quem é esse que eu não conhecia
E já conhecia
Antes de imaginar?
Quem é ele que não vive em sonhos
Mas em realidade
Se faz passar?
Quem é ele?
Pessoa de heterônimos
Aparece em derradeiro
Depois de tantas línguas
Passadas e estudadas
Acaso teimastes em voltar?
Acaso espreitas a natureza
Ao luar?
Ah, pastor de palavras...
Cada cria recriada
Nos versos artesanais
Ah, rebanhador de letras...
Acaso te dedico esta canção que não escutas
Acaso também te sonho novamente
E se, por acaso, adormeces
Eu me despeço
Te digo impropérios
Te solto um verbo que não posso dizer
Mas, te escrevo...
Em letras garrafais.
Sua ausência nem me era sentida
Muito menos doída
Tenho sonhos que não vejo
Donde só entra o que sinto
Pressinto
Ou antevejo
Quem é esse de olhos doídos
De sorriso deserto
De peito estreito
E suave descanso?
Quem é esse que eu não conhecia
E já conhecia
Antes de imaginar?
Quem é ele que não vive em sonhos
Mas em realidade
Se faz passar?
Quem é ele?
Pessoa de heterônimos
Aparece em derradeiro
Depois de tantas línguas
Passadas e estudadas
Acaso teimastes em voltar?
Acaso espreitas a natureza
Ao luar?
Ah, pastor de palavras...
Cada cria recriada
Nos versos artesanais
Ah, rebanhador de letras...
Acaso te dedico esta canção que não escutas
Acaso também te sonho novamente
E se, por acaso, adormeces
Eu me despeço
Te digo impropérios
Te solto um verbo que não posso dizer
Mas, te escrevo...
Em letras garrafais.
Magna Santos
5 comentários:
"Cada cria recriada". Ao ler, recriamos as cenas que o poeta criou com as suas palavras. Eu recriei a sua cena. Linda homenagem.
Beijos, Magna.
"Hoje encontrei Pessoa
Numa sala contígua à da esperança
Não esperava sua presença
Sua ausência nem me era sentida
Muito menos doída"
a primeira estrofe é linda de doer...
obrigado pelo comentário...
abraço
Eu lembro que lia muito esse poeta na adolescência...
Viajei muito com suas letras mágicas e seus devaneios rocambolescos.
Trata-se de um gênio da humanidade e me orgulho dele ser brasileiro.
Beijos meus.
Habito nos teus olhos luz, brilho de encanto!
Respiro das janelas do teu rosto o sorriso
Dos cabelos, soltas o perfume que preciso
Castelo do teu ser em que por ele amo e canto
Grato sempre pela visita…
Desejo um resto de uma boa noite!
O eterno abraço…
-MANZAS-
Ai, Pessoa... Quem não é poeta e não o ama? Reza-se Pessoa! Quais são nossas facetas? Lê-lo e compreendê-lo acaba por formar uma grande legião... Assim como você, entrego-me a essa empreitada de sempre me surpreender com Pessoa... e com seu texto, tão repleto dele!
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