Protege a cabeça do vento
E roda no assento
Para ver mais:
Passa carro
Mato
Avião
Redemoinho
Carrapicho
Caramanchão
Passa sossego
Atropelo
Estrangeiro
Conterrâneo
Vira e volta
Pé ligeiro
Passa mãe
Pai
Desconhecidos
Assobio
Homem vendendo mel...
Nenhum tostão pra comprar
Passa
Passa tanto
E tanto o percorrido...
Embora o peito espremido
Só não passa
A vontade
De chegar.
Magna Santos
*Mais uma vez, Pachelly Jamacaru gentilmente autorizou a publicação desta foto, de cuja beleza veio a inspiração para esta 'viagem'. Fica a sugestão para conferir o blog deste artista, captador dos momentos simples e, por isso mesmo, mais belos.
Obrigada, Pachelly.
7 comentários:
O poema está muito musical, muito gostoso de se ler. Só discordo do final: acho que ela não está com a menor vontade de chegar...
Abraço.
adorei esse encontro!
Mágna, só agora pude ver nossa parceria aqui, e com já havia comentado noutra ocasião, do quanto ficou primeira, agora só abençôo!
Abraço grande!
"Só não passa a vontade de chegar" que lindo isso.
Uma fotografia seu texto, descrição perfeita e lúdica.
Algumas estradas costumam mesmo nos levar a belos lugares.
Beijos meus.
Muito bom o ritmo e a imagem que os teus versos criam!
Lembrei-me do "Trem de Ferro" do Manuel Bandeira...
Abraços!
Como já falaram alguns: que ritmo! Especialmente como falou Eduardo Trindade, o poema me trouxe à memória não apenas o "Trem de ferro" de Bandeira, mas o "Vou danado pra Catende... com vontade de chegar" de Ascenso Ferreira.
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