Ontem fui prestigiar uma amiga no lançamento de um livro, no qual ela é co-autora. Cheguei cedo à Bienal, porém atrasada para assistir ao debate coordenado por Samarone Lima. Quando vi aquela cabeleira, quase lamentei não ter levado a cajuína que prometi a este cearense de coração pernambucano. Fica novamente pra próxima, Sama, acho que não seria uma boa ideia, em meio aos livros, oferecer bebida. Na verdade, acho que seria, mas tenho que ter alguma desculpa.
Cheguei de fininho, sentei-me ao pé da porta, sorri e acenei pro cabeludo sorridente de caderno e caneta nas mãos. Enquanto os outros falavam, ele não parava de escrever. Como escreve, Deus do céu! Lembrei do que ele diz nas suas crônicas e imaginei a tortura que seria se acabasse a tinta da caneta.
O debate sobre literatura na periferia era de motivar sorrisos. Gente simpática, cada um contando sua entrada no mundo da leitura. Todos de um jeito, desfilando motivos, mais que isso, transbordando o prazer de ler. O fundamental era o que eles estavam mostrando com esse prazer despretensioso: o envolvimento de todos com os livros. Meu pensamento foi longe e fiquei vagando pelos becos, onde se tentam marginalizar cabeças curiosas. Ali eles traziam bons argumentos para prender ou satisfazer as curiosidades, despertar interesses...sementes literárias derramadas aos montes; era isto o que Gabriel Santana (PE), Sergio Vaz (SP) e Sacolinha (SP) traziam. E traziam com a prática.
Não sei bem como terminou, terei que esperar a próxima crônica do Estuário para conhecer o final desta história. Com certeza, será minuciosamente contada, tendo em vista as anotações do coordenador. Lamentei, de fato, não ter também papel à mão, pois as frases que ouvi foram preciosas. Chegada a hora das perguntas, era chegada também a hora do lançamento do livro: "Vivenciando Penas e Medidas Alternativas" pela Editora Bagaço. Hora de partir. Ainda tive vontade de perguntar onde saber mais, ou como era salvar gentes, plantando palavras, mas não sei fazer nada na pressa. A melhor alternativa, portanto, foi sim matar o meu próprio desejo de prestigiar uma amiga. Além disso, participar de um lançamento já havia virado questão de honra, após eu perder dois que desejei muito ir, o último: Viagem ao Crepúsculo. Segui então toda feliz para abraçar amigas preciosas.
Confesso que ainda me sobra muita timidez para certas ocasiões, sou capaz de trocar de lugar com o garçom para ter onde botar as mãos; assim, foi providencial ficar de máquina fotográfica em punho para clicar todos os sorrisos possíveis, sugerir poses, exagerar na repetição de fotos etc. Acabei o evento mesmo foi conversando acocorada ao pé de um puf, pois o cansaço me pegou de jeito. Saí com alegria sobrando e um livro me faltando: Vivenciando Penas e Medidas Alternativas. Sim, isto mesmo. Só com amigos podemos ir a um lançamento sem comprar o livro, mesmo tendo que aguentar a mangação e todas a piadas possíveis. O livro, claro, é muito bom, porém a área fica longe da minha prática, mesmo que esta 'minha prática' tenha sido uma 'medida alternativa' muito particular.
Restou mesmo foi a sensação de que na bienal, assim como na vida, alguns temas se encontram, mesmo que aparentemente distintos. O trabalho com a literatura, mesmo que despretensioso, é uma bela e poética “medida alternativa” de viver a comunidade, de transformar consciências, de colocar o cidadão senhor do seu próprio eixo. Realmente, Samarone, “um jovem com livros nas mãos, anda mais protegido”.
Cheguei de fininho, sentei-me ao pé da porta, sorri e acenei pro cabeludo sorridente de caderno e caneta nas mãos. Enquanto os outros falavam, ele não parava de escrever. Como escreve, Deus do céu! Lembrei do que ele diz nas suas crônicas e imaginei a tortura que seria se acabasse a tinta da caneta.
O debate sobre literatura na periferia era de motivar sorrisos. Gente simpática, cada um contando sua entrada no mundo da leitura. Todos de um jeito, desfilando motivos, mais que isso, transbordando o prazer de ler. O fundamental era o que eles estavam mostrando com esse prazer despretensioso: o envolvimento de todos com os livros. Meu pensamento foi longe e fiquei vagando pelos becos, onde se tentam marginalizar cabeças curiosas. Ali eles traziam bons argumentos para prender ou satisfazer as curiosidades, despertar interesses...sementes literárias derramadas aos montes; era isto o que Gabriel Santana (PE), Sergio Vaz (SP) e Sacolinha (SP) traziam. E traziam com a prática.
Não sei bem como terminou, terei que esperar a próxima crônica do Estuário para conhecer o final desta história. Com certeza, será minuciosamente contada, tendo em vista as anotações do coordenador. Lamentei, de fato, não ter também papel à mão, pois as frases que ouvi foram preciosas. Chegada a hora das perguntas, era chegada também a hora do lançamento do livro: "Vivenciando Penas e Medidas Alternativas" pela Editora Bagaço. Hora de partir. Ainda tive vontade de perguntar onde saber mais, ou como era salvar gentes, plantando palavras, mas não sei fazer nada na pressa. A melhor alternativa, portanto, foi sim matar o meu próprio desejo de prestigiar uma amiga. Além disso, participar de um lançamento já havia virado questão de honra, após eu perder dois que desejei muito ir, o último: Viagem ao Crepúsculo. Segui então toda feliz para abraçar amigas preciosas.
Confesso que ainda me sobra muita timidez para certas ocasiões, sou capaz de trocar de lugar com o garçom para ter onde botar as mãos; assim, foi providencial ficar de máquina fotográfica em punho para clicar todos os sorrisos possíveis, sugerir poses, exagerar na repetição de fotos etc. Acabei o evento mesmo foi conversando acocorada ao pé de um puf, pois o cansaço me pegou de jeito. Saí com alegria sobrando e um livro me faltando: Vivenciando Penas e Medidas Alternativas. Sim, isto mesmo. Só com amigos podemos ir a um lançamento sem comprar o livro, mesmo tendo que aguentar a mangação e todas a piadas possíveis. O livro, claro, é muito bom, porém a área fica longe da minha prática, mesmo que esta 'minha prática' tenha sido uma 'medida alternativa' muito particular.
Restou mesmo foi a sensação de que na bienal, assim como na vida, alguns temas se encontram, mesmo que aparentemente distintos. O trabalho com a literatura, mesmo que despretensioso, é uma bela e poética “medida alternativa” de viver a comunidade, de transformar consciências, de colocar o cidadão senhor do seu próprio eixo. Realmente, Samarone, “um jovem com livros nas mãos, anda mais protegido”.
Magna Santos
* VII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Será até o próximo dia 12. Quem puder, vale muito a pena, está super super legal.
5 comentários:
Acabo de descobrir onde saber mais sobre Sacolinha e Sérgio Vaz:
http://www.sacolagraduado.blogspot.com/
http://www.colecionadordepedras1.blogspot.com/
Fica a dica.
Beijos.
Magna
As amigas preciosas adoraram compartilhar esse momento com você. Fique tranquila, pois disfarsou tão bem sua timidez que nós esquecemos de tirar fotos com você, achamos que era a fotógrafa oficial do evento ou que tinha escolhido um novo hoby(fotografar). Beijos!Cidinha,Nequinha e Glauglau.
Deixando um abração pra ti, bom dia!
Pachelly J.
Poxa, nem consegui ir. A semana foi corrida e terminei viajando no feriado. Acho que perdi mesmo muita coisa. Pena.
Beijos, linda. Estou feliz que você aproveitou muito.
Cidinha, Nequinha e Glauglau: deixem de me enrolar com essa conversa bonita, estou à espera do meu xerém.
Marina: também viajei, mas lamentei não ter podido ir novamente. Agora só ano que vem.
Pachelly: bom sua presença aqui.
Beijos em todos. Fiquem com Deus.
Magna
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