segunda-feira, 5 de abril de 2010

PARÊNTESE

Aqui em Sementeiras eu me arrisco a dizer o que talvez em outras ocasiões calasse. Muitas vezes também calo o que pulsa, por pura dificuldade de encontrar palavras. É quando o silêncio cai melhor.

Vocês que comentam, deixando este rastro de carinho, me dão a certeza da importância da partilha. Não têm ideia de quantas vezes vocês mesmos me dão sentido naquilo que me saiu como um desabafo ou uma ilusão, um devaneio, embora, claro, sempre verdadeiro.

Há alguns dias, em visitas a outros blogs, andei prestando atenção a quadrinhos nas laterais dos blogs, os chamados 'seguidores'. De fato, é muito bom ter pessoas acompanhando com alguma frequência, dando-nos retorno, o qual só temos, logicamente, através dos comentários. Em Sementeiras, o retorno vem também de outras formas, como através de emails ou de ligações dos amigos mais chegados ou ainda, simplesmente, na boa conversa, quando nos encontramos e me apontam coisas antes não vistas. Adoro isto. Foi por causa de um desses apontamentos que resolvi tirar uma das crônicas do blog ("colcha de retalhos"). Pensei, graças a uma observação fraterna: o que deveria ser uma simples crônica, poderia refletir indiscrição. E taí uma coisa que procuro, busco, sobretudo, no "espaço internáutico" que é de todos e de ninguém ao mesmo tempo. Não tive dúvidas, exclui sem dó, mesmo com a pergunta do blogger: "tem certeza que quer excluir?". "Sim", respondi, ou melhor, cliquei. Porém lamentei muito, por causa dos comentários. Se tivesse uma outra pergunta: "quer excluir sua crônica e manter os comentários?", seria esta opção que escolheria. Mas, enfim, nem tudo é perfeito e quem entrar não vai saber da indicação do filme "O casamento de Rachel" dada por Sílvia Goes, não vai refletir com Hérlon sobre os vícios espirituais, não vai pensar sobre a incoerência como bem apontou Lídia e sua sugestão para todos conhecerem o AA, independente da necessidade. Peço desculpas aos três, mas houve mesmo necessidade.

Ah, esse mundo da partilha que nos move e nos faz crescer, sem ele o que seríamos? É bom contar com ela também aqui. Essas palavras são apenas para reforçar a importância das sementes jogadas por todas as mãos que passaram e passam por esta terrinha aqui. Vou tentar manter um espaçozinho aí do lado não para seguidores, pois esta palavra não se encaixa com o meu jeito de ser. Coloquei "outros semeadores", uma vez que é desse modo que penso e sinto.

Assim, vamos seguindo, ou melhor, semeando.


Magna Santos

2 comentários:

Eduardo Trindade disse...

Sim, uma das coisas que há de mais belas aqui, como na vida, é essa troca. Em alguns momentos, podemos até ser ilhas, mas mesmo as ilhas só fazem sentido com a imensidão do mar que as cerca.
Abraços!

Silvia Góes disse...

sim moça linda, semeando e partilhando...

beijos