E o poeta emudeceu
Tornou-se caule
Dos seus pés brotaram flores
Da sua cabeça, raízes
E assim ficou por vários dias
Vertical invertido
"Minhas palavras
Estão se quebrando
Partidas
Anuladas
Findas..."
O vento respondeu:
Não, poeta
Estão caindo
Acolhidas pela terra
Para brotarem
...
Em seguida.
Para Gustavo de Castro (blog Razão Poesia). As palavras aspeadas foram dele, porque o poeta sempre visualiza as próprias letras.
Magna Santos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Você, com a maestria que lhe é peculiar, resumiu bem essa necessidade de hibernação ao que o poeta precisa se render inexoravelmente.
Já me senti nessa alegoria desenhada por você!
Abraços.
Atire a primeira bolinha de papel quem não sofreu deste "mal".
Abraços, Hérlon.
Que Deus te abençoe!
Obrigada
Magna
Belo poema Magna. As vezes bate aquela angústia de páginas brancas. Mas ai a poesia vem com tudo. Beijo grande. Acabei de puxar uma cadeira. Vou ficando no sementeiras apreciando seus poemas.
Obrigada, Tadeu. Bom você aqui. Você numa cadeira e eu noutra. Teu blog é uma belezura.
Beijo.
Magna
Esse foi pro meu aniversário.Tivesse lido naquele dia estaria mais fekiz ainda!
Beleza, meu irmão!
Passo aproximadamente um mês comemorando meu aniversário, portanto, o teu ainda está sendo comemorado.
Viva tu!
Abração.
Magna
Postar um comentário