segunda-feira, 8 de agosto de 2011

DISTÂNCIA

Essa estrada toda pela frente
Deveria ter mais pontes no caminho
Mas se estende infinitamente
Como se não tivesse tamanho, sim
Dimensão
Quilômetros não se medem
Contam-se no tempo
Que acelera o que deveria demorar
E retarda o que o coração urge

O que sei é de ouvir falar
O que não vi é o que a imaginação comanda
Não quero ser apenas uma lembrança
Nem somente uma voz ao telefone


Magna Santos

9 comentários:

Josias de Paula Jr disse...

Há a distância que aperta/o peito/e o perto que escapa/qual distante/O tempo infinito da espera/e o agora traspassado do instante/Como átomo/ atônita/vagas no espaço/E a meus olhos foges/fulgindo como rastro/ efêmero/de um cadente astro


Já semeaste muitas e tão boas sementes, que não tem como reduzir-se a meras memórias e a uma distante voz...

Dimas Lins disse...

Magna,

Dolorida é a distância que não se mede em quilômetros e se torna maior com o tempo. Ela surge forte na crueza do dia ou no silêncio da noite e a gente percebe que só ouvir a voz não basta. É preciso um corpo, um cheiro, um toque e um olhar carinhoso. Infelizmente, o DDD não oferece colo, nem aquece o peito.

Dimas

Magna Santos disse...

Geó, que presente lindo é este? Diz a fonte. Envia o endereço. Lindíssimo!!! É do Inscritos não é?
Obrigada pela generosidade e carinho. Bom ler tuas palavras.

Dimas, meu amigo, o DDD pode até oferecer colo, mas é ilusório, você tem toda razão. Pense numa saudade do meu povo!

Obrigada.
Abraços.
Magna

tesco disse...

"Ô que estrada mais comprida, ô que légua tão tirana...", mas, como disse o Dimas, mais "dolorida é a distância que não se mede em quilômetros".
O que ficou no passado ou pertence a um futuro remoto, fustiga mais o coração.
_Beijos.

Magna Santos disse...

Eita, Roberto, lembraste direitinho uma bela música que tem tudo a ver com o sentimento.
Obrigada.
Beijos.
Magna

Canto da Boca disse...

O coração essa semente insana de desejos, planta cada coisa no peito da gente, né, Magna? Algumas delas tão doridas que não tem analgésico que passe, a tal saudade é uma dessas sem cura...

Beijo!

;)

Anônimo disse...

Cara Comadre. O que tenho a dizer é que não é presciso está junto pra estar perto. Apesar da distancia somos muito próximos, agora vai dizer isso pro traquino do teu afilhado ... Temos que resolver isso!
Halano

Magna Santos disse...

Boca, saudade pode não ter cura, mas às vezes tem remédio, um calmante, um alívio. Lembrei-me agora da música eternizada por Luiz Gonzaga: Que nem jiló.

Cumpade, vamos resolver sim. Quero ir traquinar com esse cotoco aí. Chega de ouvir falar. Se Deus quiser, vai dar certo em novembro. Vou providenciar.

Abração nos dois!
Magna

Tadeu Rocha disse...

Lembrei de um texto que escrevi sobre torres e pontes: "Prefiro uma ponte de madeira, que me ligue ao próximo, a uma torre de cristal, arranhando o céu, separando-me do meu irmão".
Seus poemas e crônicas estão mais frequentes e maravilhosos.